Conclusões
RESUMO GERAL DA GLOCAL
GLOCAL aponta novos caminhos
Muita gente veio à GLOCAL 2010, 202 pessoas para ser mais preciso. Podemos estar tranquilos quanto ao nosso futuro colectivo? Os desafios são enormes, mas surgiram palavras de esperança. Exploramos muitos exemplos inspiradores de acções práticas que já estão no terreno.
A GLOCAL 2010 começou mal. Começou com o traçar de um quadro negro da situação actual, transmitido por Wolfgang Teubner, director do ICLEI-Europa. Consumimos demasiados recursos naturais, com as consequências conhecidas. As soluções existem mas não são implementadas, ou apenas em pequena escala. Defendeu que precisamos de estratégias radicais que nos libertem do círculo vicioso. O desafio foi lançado e não faltaram pistas.
Nem a propósito, seguiram-se quatro apresentações inspiradoras, símbolos de esperança e verdadeiros “caminhos para a sustentabilidade”, conforme prometia o programa.Luís Queirós, Director-geral da Marktest e fundador da Vox Populi, transportou-nos até à sua aldeia natal, S. Pedro do Rio Seco, actualmente envelhecida e sem perspectivas quanto ao futuro. Aqui a Associação RIO VIVO assume-se como suporte para a transição para um mundo novo, com respeito pela natureza, pelas tradições e pela cultura.
Com Joana Silva, da Agenda Cascais 21, e Lino Ferreira, da Junta Metropolitana do Porto, descobrimos como as autarquias estão a construir estratégias de sustentabilidade, com resultados visíveis nas rotinas diárias de decisão e acção. E quando um dos participantes pediu novos modelos de sustentabilidade, a resposta veio por Francisco Cárdenas da Barcelona Ecologia, que defende o modelo tradicional das cidades do Sul da Europa. Compacidade, complexidade, eficiência e estabilidade, com o espaço público a assumir primordial importância no funcionamento do ecossistema urbano.
As sessões paralelas foram animadas. Jacqi Hodgson e Miguel Leal deram-nos as boas vindas a um mundo em transição, com menos petróleo mas muito mais alegria, da criação de moedas locais aos workshops colaborativos de recolha de tubérculos (também conhecidos por apanha de batatas)! Os participantes trabalharam intensamente na preparação de um plano para a redução dos consumos de energia.
Na Horta da Formiga, Ana Lopes e Cristina Ferreira da LIPOR apresentaram as hortas urbanas, enquanto espaços recreativos, produtivos, pedagógicos e com impacto social. No Centro de Visitantes, os participantes orientados por Helena Barroca da Universidade do Algarve debateram-se com as dificuldades em criar indicadores de qualidade para os equipamentos de educação para a sustentabilidade. Igualmente estimulante foi o desafio trazido por Margarida Gomes, da ABAE: como promover as boas práticas nos municípios e ser reconhecido por isso.
Seguiu-se a discussão sobre o futuro da Agenda 21 Local e as perspectivas para a Conferência da Terra 2012 (Rio+20), com Alexandra Ferreira de Carvalho (MAOT), Luísa Schmidt (CNADS) e Wolfgang Teubner, com moderação de Margarida Silva, da Universidade Católica. Na conferência Rio+20 os temas fortes serão a Economia Verde, no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e as questões emergentes onde se inclui o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável. Ficou a ideia de que não poderemos esperar grandes revoluções da agenda internacional, e o melhor será concentrar os esforços nas nossas revoluções individuais.
O primeiro dia terminou em grande, com uma actuação musical “acrobática” de jovens do projecto Pular a Cerca, cuja missão é combater a exclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos socioeconómicos mais vulneráveis.
No segundo dia da GLOCAL discutiram-se as melhores estratégias para comunicar a sustentabilidade, num painel recheado de especialistas de diferentes quadrantes, do poder local (Carlos Figueiredo da CM Seia e Paula Mendes da Lipor), empresas (Alcino Vieira, Mais Momentos), media (Sílvia Camarinha do Programa Biosfera e Ana Teresa Silva da IM Magazine). Será “Contacto 13 respirar” uma alternativa possível para a “Agenda 21 local”? Será que os sacos plásticos também migram?
E nada como ir “ao terreno”, conhecer projectos como o Ecomuseu de Rates, o Parque Biológico de Gaia, o corredor ecológico das Serras de Valongo ou a Central de Valorização Orgânica da LIPOR. Ficou a certeza de que com as tecnologias adequadas, a tradição recuperada, a natureza salvaguardada e as pessoas envolvidas, podemos e já estamos a fazer a diferença!
Pensar Global, Agir Local. No próximo ano voltamo-nos a encontrar, para fazer o balanço das nossas acções individuais e colectivas!
A GLOCAL 2010 foi ela própria organizada no espírito da Agenda 21 Local, um exemplo de cooperação entre entidades de diferentes naturezas mas que se unem no propósito partilhado de promover a A21L em Portugal e no Mundo. Universidade Católica Portuguesa, Câmara Municipal de Cascais, LIPOR e Mais Momentos e cerca de 20 parceiros deram corpo a esta iniciativa.
Contactos:
Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa
Grupo de Estudos Ambientais
www.glocal2010.org | www.agenda21local.info | www.esb.ucp.pt
Pedro Macedo – Tel. +351 225 580 192
Workshop Educação para a Sustentabilidade
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Sessões paralelas - Cidades em Transição
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Rede portuguesa de A21L
Dado o reconhecimento da importãncia da A21L e do papel crucial dos decisores políticos na sua implementação, foi organizado um debate, entre autarcas e convidados, sobre a criação da Rede Nacional de Agendas 21 Locais.
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